domingo, 17 de julho de 2011

NO INTERIOR DO EU de Eugénio de Sá




No interior do eu

Eugénio de Sá


Nego a superficialidade,
A convenção, o parecer
Nego a mediocridade
E nego assim esse querer
Vestido de falsidade

Nego o eu que nega o viço
Da criança que nós somos
Nego o tudo o que é enguiço
A ver a vida, risonhos
Nego todo o que é postiço

Que essa beleza interior
Do eu não subordinado
Escolha a essência melhor;
Que é o recusar um fado
Que outro eu nos quer impôr



Sintra – Portugal - Julho 2011