domingo, 16 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
DUETO:LA HORA DE LA PARTIDA - Eugénio de Sá & EL DESPERTAR DEL ALMA de María Sánches Férnandez
La hora de la
partida
Eugenio de Sá
Cuando llegue la hora de la partida
Estaré por cierto ya bien preparado
Pues siento frágil el soplo de esta vida
Al vivir en éste mundo perturbado
Poco me reconozco y ni veo
A quién le interesa leer mi desdicha
Ya dudo escribir lo que deseo
Por la limitada ayuda de la escrita.
En un sereno sumario he recordado
El tiempo en que el amor dictaba la ley
Y en ese sublime apoyo me he aquietado
Mas la añoranza es tanta ya ni sé
si estoy consciente o delirando
al pretender recordar el cuanto amé.
2007
Sintra - Portugal
El Despertar del
Alma
María Sánchez
Fernández
Cuando llegue al final de mi camino
con el cuerpo marchito y lacerado
beberé de la paz su dulce vino
que embriagará mi cuerpo atribulado.
M arrullará el siencio, ¡don divino!
Las sombras me hablarán de un mundo alado.
Por siempre dormiré, -vence el destino-
un sueño eterno, sin color..., callado.
En esa noche lóbrega de mi alma
el cielo sonreirá y mil resplandores
anunciarán blancuras de alborada.
Mi despertar será de dulce calma.
Me envolverá la luz en sus albores
mostrándome mi senda..., mi jornada.
( De su libro
"Pintar palabras" 1994 )
Úbeda - España
Sintra - Portugal - Novembro 2012
DOLOROSA INTIMIDADE - Eugénio de Sá
Dolorosa
intimidade
Eugénio de Sá
Quem não se tenta perante o
magnetismo
De um encontro com a sua
solidão?
Quem pode resistir à
tentação
De desvendar o seu próprio
hermetismo?
Passamos toda a vida a
distrair-nos
Tudo é pretexto pra não
estarmos sós
Porque há receios, há
pavores em nós
Do que possamos ser se o
descobrirmos
Mas um dia quebramos os
tabus;
Seja o que Deus quiser! - e
decidimos
Despir as proteções e ficar
nus
E aberto o nosso
cerne então surgimos
Perante todas as dores da
nossa cruz;
As que, mesmo escondidas,
mais sentimos!
Sintra - Portugal 2012
TAMBÉM PODE VER EM VÍDEO NA BELA ARTE DO AMIGO DORIVAL CAMPANELLE
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
O Selo do Amor (Dedicado à Avó Susana) ...um poema de Eugénio de Sá
O Selo do Amor
(Dedicado à Avó Susana)
Eugénio
de Sá
Todos vêm na avó essa nascente
Que lhe brota no peito plo seu neto
Tal grande rio ama cada afluente
Tais os versos amantes seu soneto
Pois foi do seio dela que partiu
Um dos progenitores do novo infante
Que ela ama, e criou até que viu
Que a vida corre sempre pra diante
E o que leva seu sangue prolongou-se
No sangue de uma outra criatura
Almo divino que a vida lhe trouxe
E a avó sonha já toda a ventura
Para a criança, como se ela fosse
O selo do amor na sua assinatura
Sintra
Dezembro
de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
SEIS SONETOS SATÍRICOS SOBRE OS QUEM FAZEM A POLITICA EM PORTUGAL, por António Barroso (Tiago) e Eugénio de Sá
Fazer politica em Portugal tornou-se algo de hilariante,
mesmo ao mais alto nível.
Pena que quem a sofre no pelo não lhe ache graça nenhuma.
Mas sigamos o exemplo dos governantes deste país; vamos rir também,
mas deles.
Seis sonetos satíricos
por António Barroso (Tiago) e Eugénio de Sá
( trabalho inspirado no poema A ALIANÇA, de E. Sá, onde se fala dos Lusitanos originais
que se mostravam bem mais nobres que aqueles que hoje nos conduzem os destinos )
António Barroso (Tiago):
Neste tempo difícil, conturbado,
Lembraste os Lusitanos, meu amigo,
Tiveste de voltar ao tempo antigo
Para achares heróis, nesse passado.
Enquanto eles morriam p’la defesa
Daquilo que era seu, lhes pertencia,
Uma troika romana pretendia
Domar o que julgava fácil presa.
O ouro foi-se embora, sem penhor,
Impostos, viram luz, em sucessão,
Esquerdistas só pensam na eleição
E bramam, contra tudo, com rancor.
A vida só nos traz mais desenganos,
Acabaram a indústria e pesca pura,
Até nem nos ajuda a agricultura
Pois já não há tomates Lusitanos.
Eugénio de Sá:
O teu poema é cousa prevalente
que a trave lusitana justifica
mas a vontade é fraca, infelizmente
de um povo que só brama plo Benfica
Foi-se c'o tempo o esforço Lusitano
Que levou pla frente tudo e todos
Enquanto que, de gatas, o Romano
A Troika o trata plos mesmos apodos
Somos o enxovalho desta Europa
Que os vilões teutónicos dominam
Voltámos ao andrajo, à velha roupa
Querem escravizar-nos, e nos animam
Esperando ver cair o que se apouca;
O esgar irado dos que desafinam !
António Barroso (Tiago):
Não adianta bater mais no ceguinho
Que a malta, que comanda, já não muda,
Hoje é um, e amanhã, outro se escuda
A aumentar, como Cristo, o pão e o vinho.
Há um ditado antigo, bem velhinho
- Nunca devas a rico – em fase aguda,
- E a pobre não prometas – uma ajuda
Que não possa cumprir, nem um pouquinho.
Dizem que o povo faz democracia,
Mas eu nunca vi tanta hipocrisia,
Que o poder cuida só do seu umbigo.
Assim, olhando em todos os sentidos,
Porque não acabar com os partidos
Co’o pau do Lusitano nosso antigo.
Eugénio de Sá:
Defendes o porrete Lusitano,
a mocada com o vigor d'antigamente
quem dera que corresse esta má gente
e lhes desse um enxerto do catano.
Talvez assim lhes servisse a lição
e se esquecessem pra sempre do poder
que fossem trabalhar para aquecer
mordendo o pó dos que ganham o pão.
Qu'ísto de ser político e calaça
sempre disposto a roubar a nação
nunca foi profissão, isso é chalaça
É vê-los na assembleia, ali estão
a dormitar, enquanto à populaça
lhe vão esmifrando o último tostão!
António Barroso (Tiago):
Fazes-me rir com isso da assembleia,
Um bando de macacos amestrados
Sempre, para a banana, orientados,
Com a cabeça vazia duma ideia.
Com seu computador, vasta plateia
Duns tantos oradores ensonados,
Outros que ficam mudos e calados
Que, falar de algo, muito se receia.
Assim, se um Lusitano cá viesse
E a acabar com tanta mordomia,
Eram os ratos todos a saltar
E, com pressa, o salão abandonar
De rabo entre as pernas, com cobardia.
Eugénio de Sá:
Não compares os engraçados monos
aos patetas que nos gerem os destinos
C'os macacos sempre nos divertimos
Bastam-lhes troncos a fazer de tronos
Esses, os d'assembleia, bem sentados
em fofos cadeirões de forro aveludado
não ganham calos no rechonchudo rabo
pois estão de trono, gordos e anafados
Falam de cátedra, entre duas sestas
digerindo os almoços avinhados
pagos plos Zés do povo feitos bestas
Que os carregam ao dorso bem vergado
com uma vontade louca de os ver plas costas
que antes o voto o houvessem vomitado
fazendo politica / só preocupação!
....zzzzztttttt
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
DUETO - EUGÉNIO DE SÁ - POEMA DEDICADO A "HUMBERTO POETA" ... E RESPOSTA DO VISADO
Humberto Poeta
(
Dedicado ao meu amigo Humberto Rodrigues Neto)
Eugénio de Sá
No
delírio de um verso inteligente
Que
do mito te brota exuberante
Reconheço-te,
Humberto, francamente
A
culta e fina estirpe resultante
De
plurais divindades recorrentes;
Do
Vale do Nilo à Helênica matriz
Os
teus poemas, porque eloqüentes
Mostram-te douto, mestre e juiz
Da
Deméter romana à grega Céres
Ou
de Minerva, que a ambas servia
É
na Mitologia que a cantar te queres!
E
não importa a musa que te guia
Se
ao dares à pena o tema que preferes
Sempre
o encanto escreves em poesia
10
de Junho de 2008
Critérios
Humberto – Poeta
Nem sempre inteligente e exuberante
se mostra a minha pálida poesia;
pois não é sempre, nem a todo
instante
que anda aqui perto a minha musa-guia.
Se a Deméter, Minerva antes servia,
e deu a Ceres proteção
constante,
a mim já deu, por se fazer
distante,
muitos garranchos de ilação sandia.
Nem sempre bons são os versos que eu
escrevo,
e a dizer-te a verdade aqui me
atrevo,
que a muitos faltam mais sutis refolhos.
Mas já te deste ao vício
- eis a verdade -
de aos bons julgar com os olhos da amizade
e acostumaste aos maus fechar os
olhos!
Edição e arte :Olga
Kapatti
Sintra - Portugal 2012
PODE VER TAMBÉM EM VÍDEO NA BELA ARTE DO AMIGO DORIVAL CAMPANELLE
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
MAIS UM OUTONO de Susana Custódio
MAIS UM OUTONO
Sobre folhas
secas caminho
Estranho
ruído nos meus passos
Os
pensamentos em redemoinho
Memórias
deste amor crasso
Foi tão breve
o amor vivido
Agora é dor
que atormenta
E lateja
neste coração sofrido
A cada
recordação violenta
Vai doer-me a
tua ausência
Neste tempo
sinto já o frio
Piso folhas
secas com violência
Esperando
mais um Outono
Que se
adivinha já vazio
Nos tons
dourados do abandono
Susana
Custódio
Portugal –
Sintra – 01 de Junho de 2013
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
O TEMPO PASSA de Susana Custódio
O TEMPO PASSA
Susana Custódio
Quando estou só, o tempo
passa lentamente...
Os minutos, as horas, os
dias! O tempo enfim...
Lentamente vai passando,
passando lentamente...
O tempo passa lento por
mim...
Quando estou só, terrivelmente
só!
Os ponteiros do relógio giram
fatigadamente.
No céu sobe tristemente o
Sol,
E o tempo passa por mim
lentamente!
Quando estamos juntos e oiço
o murmurar da tua voz,
O tempo corre rapidamente!
Os ponteiros giram
loucamente!
Quando estamos juntos o tempo
corre veloz,
O Sol brilha
esplendorosamente no céu.
Quando estamos juntos, os
dois tão juntos
Como se os dois fossemos um
só!
Sonho. O tempo pára! tu és
meu!
Acordo. Vem a realidade e
sei, quando estamos juntos,
O tempo corre tão rápido! Tão
veloz...
Tu vais-te!
E, eu? Eu volto a ficar terrivelmente só!Escrito em
1980
Sintra - Portugal - Setembro 2012
Pode ver em vídeo numa bela
formatação do amigo Dorival Campanelle
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