sexta-feira, 19 de abril de 2013

VIS OPRÓBIOS de Eugénio de Sá

27/JAN/2015

No dia mundial da memória do Holocausto



Vis opróbrios
Eugénio de Sá


Flores ignoradas, tal as de Iroshima
C’os velhos escritos foram enterradas
Para nascerem rosas desfloradas
Pla raiva, nos altares da Palestina

Aço no peito, em vez do coração
Que as bombas lhes sejam aconchego
Quando esquecidos, se arrastem plo chão
Nos palcos do teatro do seu medo

Nesse oriente médio, vale d’incautos
Criam-se acéfalos bodes expiatórios
Que perpetuam velhos holocaustos

Que povo mereceu tão vis opróbrios
Que almas cansadas, que corpos exaustos
Ainda enfrentam tantos outros ódios?

Um comentário:

Unknown disse...

Como sempre, a poesia de nosso caro mestre, Eugénio de Sá, nos sensibiliza e nos faz refletir. Meus aplausos sempre ! Maria Luiza Bonini