sexta-feira, 28 de junho de 2013

Dueto ---- Erótica,Sensual e Bela! Autor: J.J.OliveiraGonçalves & Quanto é Belo o Amor! Autor: Eugénio de Sá



Teu corpo é Perfeição... E  é Pecado
É o Fruto apetecido do Amor!
Da úmida Maçã tem o Sabor
Aonde voeja o verso - obcecado!

Teu corpo tão gostoso - perfumado
 Da Seda Oriental tem a textura!
É cello a gemer na Partitura
Na transversal do Arco - Apaixonado!

É Santo porque é Belo... E é Profano
Porque o fôlego tira e a Razão
Onde o Desejo joga co'a Ilusão!

É a erótica nudez de minha Rima
Seria pra Picasso uma Obra-Prima
E o pseudo corar do puritano!

Porto Alegre, 30 de julho/2010. 18h27min


Da humana hipocrisia, que censura
Tu bem conheces o dedo apontador
E soltas qual refém dessa clausura
Os predicados do melhor do amor

Que a carne é nobre e desperta desejos
E fomes de olfatar doces aromas
E de cobrir de afagos e de beijos
O que esteve cercado de redomas 

E de soltar aos ventos a paixão
Sentindo como louco o coração 
No auge da emoção insuspeitada

Mas que à beira-amor sempre nos deixa
Presos dessa afeição como fateixa
que acaba junto à nave, abandonada! 
    

Arte E Formatação:
AugustaBS
 
Ver em vídeo na belíssima arte do amigo Dorival Campanelle
 
 
 


 

AMOR DE VERÃO - Eugénio de Sá



Amor de verão

Eugénio de Sá

Lembro que à flor da água o seu cabelo
Divagava ao vaivém de cada onda
Envolvendo-lhe o rosto, qual Gioconda
Revelando-lhe os traços com desvelo

E ficavam-me os olhos deslumbrados
Perdidos na marmórea placidez
De um colo que descia em languidez
Escoltado por dois seios nacarados

E na visão salgada imaginava
Que essa Vênus que o mar acariciava
Retribuiria um dia aquele amor

Que em cada tarde ali mais me crescia
Perfumado de cheiros de maresia
Que o sol benzia, como seu mentor

Sintra – Portugal – Junho 2013

 
Tutorial de Mara Pontes
Top pirate queen
Versão de Vera Jarude
Tubes: Mara Ponte e Imagem Internet



  VER VÍDEO COM A BELISSIMA FORMATAÇÃO DO AMIGO DORIVAL CAMPANELLE



domingo, 23 de junho de 2013

TRIBUTO A JOAQUIM EVÓNIO ---- Hoje dia 23 de Junho de 2013

Joaquim Evónio Rodrigues de Vasconcelos

4 Setembro 1938 – 23 Junho 2012

Tangar...

Amo quem ama o tango...
vou tangar até morrer
nessas pampas tão argênteas
onde os corações se perdem
e as almas voam eternas

se dançar é ser etéreo
e ter asas para voar
deixarei o cais terreno
pelo espaço sideral...

perderei peso corpóreo
serei mais leve que o ar
girarei ao som do vento
e ao marulhar do mar...

joaquim evónio

Susana Custódio
Sintra - Portugal - 23 de Junho de 2013

 VEJA O VÍDEO:
 

terça-feira, 11 de junho de 2013

DUETO - " Preito a Sinta " de Eugénio de Sá & " Em Sintra como teu amor " de Susana Custódio


PREITO A SINTRA

Eugénio de Sá



Do teu quotidiano desfrutar
Inda nos alvoroços de criança
Não percebia então o meu olhar
Que frequentar-te é bem-aventurança



Em ti vivi, estudei, homem me fiz
Oh bela Sintra, amada e feiticeira
Em ti amei, em ti eu fui feliz
Do alto do castelo às curvas da ribeira



De incomparável verde a serrania
Donde brotam nascentes de água pura
Vertidas em esplendores e em estesia
Em levadas que as leva a pedra dura



P’ra todo o lado é lindo o horizonte
E os pontos cardeais assim honrados
Mostram esplendores mesmo ali defronte
Que nos deixam os olhos extasiados



E as belas fontes que Byron cantou
Dizem baixinho assim, alegremente:
Bebam de mim est’água que vos dou
Provem a vida da minha nascente!



EM SINTRA, COM O TEU AMOR

 Susana Custódio



Vila de sonho,  ao entardecer
Onde o som das fontes parece falar
De ecos que não logro esquecer
Nem o meu coração acalmar



Em Sinta, há timbres do romance
O vento sopra, como que a gritar
Não permitindo que descanse
Agitando as folhas secas no ar



Por aqui, o amor estará escondido
Procuro, o cansaço me entorpece
Na ideia triste de tê-lo perdido



Seco prantos, calo todas as penas
E por momentos até me parece
Ver que, de muito longe, me acenas







Notas :  A origem de Sintra dilui-se com a da própria Nação Portuguesa. A serra e a planície foram habitadas desde tempos remotos, como atestam a existência de dólmens e necrópoles e ainda outras relíquias como os utensílios pré-históricos em exposição no Museu Municipal daquela Vila.
Da ocupação romana, restam lápides e urnas funerárias, junto do mausoléu circular, no Museu Arqueológico de Odrinhas. Os romanos chamavam à serra de Sintra "Mons Lunae" ou Montanhas da Lua. Situada a escassos 20 quilómetros da capital lusitana, e servida por excelente rodovia, Sintra é famosa pela frescura da frondosa mata que a envolve, pela beleza dos seus monumentos e pelas delícias da sua doçaria regional.
A Vila foi conquistada por D.Afonso Henriques aos Mouros em 1147, logo após a tomada de Lisboa.
Lá no alto, serpenteando entre dois cumes, domina o Castelo dos Mouros encimando uma paisagem de agrestes fragas e frondoso arvoredo, que se estende até ao povoado, 400 metros abaixo.
No Palácio Nacional da Vila entre alguns notáveis salões, avulta a sala Moura, onde é possível apreciar, entre outros muito antigos, alguns dos escassos espécimes da azulejaria  dos azulejos (“al zuleic”) em corda, originais da escola árabe de azulejaria de Cuenca, em Espanha. O palácio é um dos mais importan-tes exemplares portugueses de arquitetura realenga e por isso classificado de Monumento Nacional.
Este secular conjunto palaciano é dominado pelas duas grandes chaminés geminadas que coroam a cozinha e constituem autêntico «ex-libris» da antiga e linda Vila da Estremadura portuguesa. O Palácio da Pena, um autêntico castelo de conto de fadas, representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitetônico do século XIX em Portugal e na Europa.
E.Sá

 Veja também o maravilhoso vídeo com formatação do amigo Dorival Campanelle




TROVAS AOS SANTOS POPULARES






 A Santo António:

Santo António faz sermões
Mas ninguém os quer ouvir
Todos ostentam razões
E desemprego a subir

Para Portugal redimir
Santo António faz sermões
Mas ninguém o quer ouvir
Nesta Pátria de Camões


Mouraria é de Lisboa
Mas todo o mundo está cá
No arraial, tempo voa
A crise, ninguém verá

A São João:

A cantar em Almada
Nos arraiais coloridos
O cheiro a sardinha assada
Juras d’amor aos ouvidos

Almada terra natal
Do meu pai e meu irmão
Vou cantar no arraial
Na noite de São João


A cantar em Almada
Há arraiais coloridos
O cheiro a sardinha assada
Juras d’amor aos ouvidos

 A São Pedro:

São Pedro, noite festiva
O meu amor encontrei
Por muitos anos que viva
Só com ele os viverei

Nesta noite de S.Pedro
Vai ao arraial fazer a festa
Pois aqui na bela Sintra
Não há festa como esta






Susana Custódio
Sintra - Portugal - Junho de 2013

 







A Santo António:

Quebras as bilhas em encómio
Às moças do povoado
É brincalhão, Santo António
E um malandreco danado!

E é também casamenteiro
E por sê-lo, é conhecido
Ama ser coscuvilheiro
Mas que Santo intrometido!

Santo António quem o viu
Espreitando as moças, finório
Quantas bilhas lhes partiu
C’o ar mais casto e simplório! 

A São João:

S. João, dá que pensar
Sempre às voltas c’os cordeiros
Plos montes a apascentar
E a dormir sob os ulmeiros


A noite está prateada
O sonho saíu à rua
É o S. João d’ Almada
A honrar a côr da lua

Não pedes meças ao sonho
Festa do povo, encantada
Cristo Rei fica risonho
C’ o seu S. João de Almada

A São Pedro:

S. Pedro fecha este abono
Aos santinhos populares
De Sintra é o santo patrono
Seus fãs contam-se aos milhares





Eugénio de Sá
Sintra - Portugal - Junho de 2013

 
 


sábado, 8 de junho de 2013

SINTRA MEDIEVAL NA VOZ DE EUGÉNIO DE SÁ (Gravado ao vivo!!!) SÓ DE VOS VER, SENHORA



Só de vos ver, senhora
Eugénio

Os meus olhos, sereníssima senhora
Ao contemplar-vos se velam de doçura
E a luz que emitis em mim fulgura
Qual chama capital que assim m’aflora

E então, de longe, almejo o vosso olhar
Que me procure um dia, conivente
E assim, senhora, e só assim somente
Terei na vida algo a m’encantar

E eu, que me embebedei de escuridão
Lutei sem bem saber porque lutava;
Se a treva m’embebia o coração

Mas vós, senhora, nem sabeis de nada
Da alvorada desta condição
Desta loucura nova, afortunada!


Lisboa
25 de Novembro de 2012



Linguagem Poética ao estilo romântico renascentista
 ( Fim do século XIII -até meados do século XVII )

O Renascimento, tem o seu período aureo no século XVI, está associado so humanismo,
o interesse crescente entre os académicos europeus pelos textos clássicos, em latim e em grego,
dos períodos anteriores ao triunfo do Cristianismo na cultura europeia.





RESILIÊNCIA um poema de Susana Custódio


RESILIÊNCIA


Susana Custódio

Possuo a delicadeza das flores
Torno-me fera para proteger
Todos os meus divinos amores
Pois sem eles não sei viver

Posso ser dura como a rocha
Mas carrego comigo um sorriso
Que ilumina o deserto qual tocha
E vou buscar forças onde for preciso

Mesmo quando me apetece gritar
Permito que a entrada da alegria
Faça no meu peito o amor aportar
Pois nos sentimentos há magia

Eu sei, nasci com o dom da paciência
Altiva, couraçada, percorro a sorte
Enigmática, mas essa é minha essência

Nada temo - ares de fraca - sou forte
As forças vêm desta resiliência
Que só se deterá perante a morte 


Formatação: Susana Custódio
Portugal - Agosto - 2012


Veja o maravilhosos vídeo com formatação o amigo Dorival Campanelle
 


DUETO " Mil e um poemas " de Susana Custódio & " O Amor que o tempo suspendeu " de Eugénio de Sá


MIL E UM POEMAS

(Susana Custódio)

Com esta min’alma plena de inspiração
Mil e um poemas ternos, cheios de amor

Pra ti escrevi com a mais doce emoção

Palavras sentidas com um extremo ardor



Descrever o amor era a minha intenção

Em mil e um poemas com cheiros de flôr

Eu só queria conquistar o teu coração

E arrancar p’ra sempre esta teimosa dor


Vem depressa, eu te peço que venhas

Com teu carinho brindar o meu jardim

Já que o enxergas do cimo das montanhas

Já que o vês verdejante, mesmo assim



Vem, e eu confessarei o meu amor por ti

Ouvirás a minha terna voz até adormecer

Murmurada em meus lábios, como um colibri

Solfejada num hino que acabei de escrever

O AMOR QUE O TEMPO SUSPENDEU

(Eugénio de Sá)

Irei pairando sobre o mar imenso

Tendo por companhia uma veloz gaivota

Ouvi o teu poema e esse amor intenso

Ajudou-me a traçar tão longa rota



Bastou um d’entre os mil anunciados,

Um poema somente, e nada mais

Pra que o meu coração fosse guiado

Na direcção do teu e dos teus ais



Pedirei a um anjo as suas grandes asas

E já estarei no ar daqui a pouco

Deixarei para trás gentes e casas

Cruzando os ares voando como um louco



Depois eu te ouvirei em longa confissão

Enquanto tu, amor, quiseres que eu

Conheça a tua terna submissão 

A este amor que o tempo suspendeu
  
Portugal

2012
Formatação:




http://www.avspe.org/index.php
VÍDEO EM NOVA VERSÃO PELO AMIGO DORIVAL CAMPANELLE


 Ver vídeo com uma bela formatação de Dorival Campanelle