quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CARTA POÉTICA de Eugénio de Sá

CARTA POÉTICA

Eugénio de Sá

A ti, mulher, que a tua vida abriste
Pra consolares est’alma amargurada,
A ti, que no meu peito já dormiste
E ali te sentes calma e sossegada;

A ti, amante querida e desvelada
Que me velas o sono de poeta
E cuidas que na ascética morada
Residam as memórias mais provectas;

A ti, que me deslumbras os recantos
Onde a poesia em meu ser se esparsa,
Quero dizer que me nutres de encantos

Com a tua ternura os males me apartas
Que d’outros horizontes são quebrantos
Volatizados no amor com que me fartas.


( poema revisto )

  Também pode ver em vídeo na bela formatação do amigo Dorival Campanelle


E na bela formatação da amiga Vera Luzia Slides


 

Um comentário:

A. João Soares disse...

Feliz senhora a quem estas palavras são dirigidas.